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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Motivação de boteco

O som da porta estava tão estridente que parecia querer dizer algo. Dizer algo desesperador, de preferência. A porta estava às súplicas esperando que alguém a penetrasse. Assim é a vida. Assim são as oportunidades escancaradas e que damos de ombros ao não aproveitá-las. Você vive no mesmo, pratica o mesmo e se conforma com o mesmo. Mas a porta tem vida própria, por mais que você a negue ela sempre estará ali, rangendo os dentes e pedindo incessantemente para que você a note no meio do abismo. O conformismo é um estado de espírito no qual é difícil transpô-lo, o indivíduo fica impregnado numa bolha, enclausurado, trancafiado numa dimensão que o cega e o deixa estagnado. Difícil, claro, porém não impossível de sair desse ânimo neutro.

O que mais noto nas pessoas é a maneira como elas reagem aos problemas. Inteligentes são aqueles que administram os conflitos. Como aprendem tal técnica é um dilema que envolve diversos fatores. Fico impressionado com pessoas que possuem um estado de permanência contínua de serenidade diante das dificuldades. Apesar de tudo, pessoas erram, sofrem e são prostradas em situações constrangedoras que amedrontam o presente, deixam marcas no passado e estagnam o crescimento futuro. Por que digo tudo isso? Para deixar claro que se você tem problemas (seja qual for), ficar estagnado esperando que a solução caia do céu é um recurso falho. Erre, pene, mas saiba que as coisas só mudam por atitudes diferentes e não o oposto.

Esse contexto de situações difíceis, portas (oportunidades) que ficam submersas e muitas vezes passam despercebidas por nós, referem-se a um dos mais importantes valores que o homem pode carregar: a reflexão. Segundo Sócrates, a vida deve ser virtuosa e para tal deve ser refletida. Faço dessas palavras as minhas.

Tem gente que costuma reclamar de tudo, da falta de dinheiro, da mesmice da vida, do emprego que não vem ou da sofrida carreira que possuiu ao longo dos anos. Mas o que tais problemas possuem em comum? A falta de atitude e reflexão para extingui-los.

Se deixar eu escrevo um livro sobre o tema. Apesar de gostar de falar sobre, não estou querendo me vender aqui como um palestrante de autoajuda. No entanto, se você está lendo esse texto, por favor faça uma reavaliação das suas atitudes e verifique se onde há um problema também houve a tentativa de conserto. Houve? Ela é constante ou você desistiu na primeira vez? Reflita, analise e reveja seu pensamento, pois ele talvez possa estar mais velho do que a sua habitual atitude de reclamão. Faça como Sócrates, reflita!

FIM.

Um comentário:

Diogo disse...

Tentarei comentar mesclando os assuntos dos últimos dois posts: você fez observações bem pertinentes Thiago. A maioria de nós vive em um círculo vicioso, em uma espiral que nunca termina (exceto no dia de nossa morte, logicamente). Somos "obrigados" (atenção às aspas, são intencionais) a dedicar nosso tempo a atividades que nem sempre nos dão prazer, sugam toda nossa energia, para as vezes alimentarmos desejos, manias e extravagancias. Obviamente que, e o texto aborda isso, precisamos trabalhar para sobreviver. Esperar que os céus ou o Estado provenham tudo é ilusão. Porem, como também abordado no texto, devemos refletir: será que esse esforço todo está valendo a pena? Será que não poderia usar esse tempo para realizar outras atividades, talvez menos remuneradas, mas mais edificantes? Será que seria impossível viver com menos do que vivo hoje? São perguntas muito subjetivas e não existe uma resposta correta para nenhuma delas. Cada uma só pode ser respondida por você mesmo.
Observação: legal essa proposta nova do site de publicar crônicas/artigos. Bom para causar dúvidas e questionamentos, que aumentam a curiosidade e o conhecimento. Aquele que diz não ter dúvidas de nada, com certeza é mentiroso e arrogante para assumir o contrário.